Por Carla Seixas, Economia/JC Para quem pensa que as taxas pagas para adquirir o imóvel se limitam à legalização da documentação, um grande engano.
Sabe aquele dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) do próprio trabalhador? É preciso pagar uma taxa para sacar o recurso e comprar o imóvel. É isso mesmo.
O dinheiro, apesar de ser do cidadão e ter como uma das regras mais conhecidas do saque a compra da casa própria, ainda é “tributado” na hora da solicitação.
Hoje, são R$ 1.000 para alcançar o fundo.
Segundo informações da Caixa Econômica Federal (CEF), gestora das contas, o pagamento é feito da seguinte forma: R$ 250 no ato da entrega da documentação necessária para liberar o dinheiro e outros R$ 750 na assinatura do contrato.
Mesmo se não houver financiamento.
A analista financeira Patrícia Carla Carvalho Sobral estima ter pago ao menos R$ 3.000 na aquisição de um apartamento de R$ 50 mil. “Um corretor acompanhou todo o nosso processo e já tinha me avisado para separar, pelo menos, 5% do valor do apartamento para as custas.
Foi tanta taxa que tinha hora que eu pagava até mesmo sem saber o destino do dinheiro”, conta Patrícia que lembra o pagamento até da taxa de engenharia para que a CEF analisasse se o valor do imóvel está compatível com o apresentado. “Eu tinha uma reserva de dinheiro apenas para bancar esses valores.
Foi um recurso que deixei separado”, comenta Patrícia que adquiriu um apartamento na Iputinga.
De fato, essa é a orientação para os compradores.
Se os custos não fossem tão altos, esse valor poderia ser lançado dentro do financiamento ou mesmo permitir ao mutuário comprar um bem com maior valor de mercado.
A pedido do JC, o tabelião Ivanildo Figueiredo fez algumas simulações sobre os custos para a aquisição de imóvel.
Para um imóvel de R$ 50 mil, com terreno próprio e escritura pública, o custo chega a R$ 2.100.