Levantamento divulgado pela ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) aponta que ao menos 134 candidatos nas eleições neste ano se declaram gays, lésbicas, travestis ou “aliados” do movimento GLS.
No entanto, nenhum postulante ao cargo de prefeito afirmou ser gay.
Todos os 27 gays, 19 travestis e transexuais e sete lésbicas são candidatos a vereador. “Com certeza, há candidatos gays à prefeitura de alguma das mais de 5.000 cidades no país”, disse o presidente da ABGLT, Toni Reis. “O problema é que há pesquisas que mostram que, se o eleitor souber que seu candidato é gay, desiste do voto.” Para ele, há homossexuais assumidos candidatos a vereadores porque o cargo não é “tão setorizado e personalizado como o de prefeito”.
O candidato a vereador de Salvador Marcelo Cerqueira (PV), presidente afastado do Grupo Gay da Bahia, tem opinião similar à de Reis. “O preconceito é mais forte nos cargos do Executivo.
A cobrança dos candidatos é muito grande e por isso há dificuldade de assumir”, disse.
Para Reis, há evolução no número de candidatos. “Em 1996, só tínhamos cinco candidatos assumidos”, afirmou.
Neste ano, há candidatos como a travesti Andrielly Vogue (PT), 32, que disputa uma vaga na Câmara de Curitiba.
Ela afirma que, caso seja eleita, terá como prioridade projetos de criação de casas de apoio a portadores do vírus HIV.
Há registro de candidaturas favoráveis à causa gay em 20 dos 27 Estados.
São Paulo lidera o ranking com 21 candidatos, seguido da Bahia, com 15.
O PT tem o maior número de representantes: 47.
Informações da Folha Online Leia mais: Gravatá pode ter único vereador travesti de Pernambuco