Depois de denúncia da Rede Globo, sobre a comercialização ilegal por uma rede de farmácias de medicamentos produzidos exclusivamente para hospitais e postos de saúde, levou o procurador-geral de Justiça, Paulo Varejão, a determinar a instauração de inquérito policial.
Além disso, recomendou aos promotores de Justiça de todo o Estado que fiscalizem esse tipo de conduta criminosa. “Essa tipificação de fraude encobre a prática de sonegação fiscal, concorrência desleal e danos ao patrimônio público”, observou Varejão, acrescentando que vai encaminhar ofício à secretaria de Fazenda do Estado para que adote as providências cabíveis.
De acordo com a denúncia da Globo, duas lojas da Farmácia do Trabalhador – uma em Afogados e outra na Madalena – estavam vendendo no balcão caixas de Omeprazol, com etiquetas alertando para a proibição de sua venda no comércio, uma vez que esses lotes de medicamentos eram destinados, exclusivamente, ao abastecimento dos hospitais e postos de saúde da rede pública.
Outro indício de fraude se refere ao preço da comercialização desse remédio.
Enquanto o custo de produção alegado pelo Laboratório Teuto chega a R$ 30, as duas farmácias estavam vendendo caixas de Omeprazol a R$ 10, quando seu preço médio de mercado gira em torno de R$ 50.