Uma série de irregularidades administrativas levantadas pela promotora da 32ª Zona Eleitoral, Sylvia Câmara, motivou o indeferimento das candidaturas de Carlos José de Almeida Freitas e Ana Maria de Almeida Freitas pela Justiça Eleitoral na última quinta-feira (14).
Os irmãos, mais conhecidos como Carlos Freitas e Nanete, são, respectivamente, ex-prefeito e ex-vereadora de Aliança, na Mata Setentrional do estado, e não poderão se candidatar novamente, pelo menos, até daqui a cinco anos.
Ambos pertencentes à coligação partidária União por Aliança (PT, PSL, PFL e PSDB), Carlos Freitas e Nanete iriam pleitear os mesmos cargos dos quais foram afastados anteriormente.
Em agosto do ano passado, eles foram cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral por se envolverem em um esquema de compra de votos fazendo uso da máquina pública.
No entanto, Sylvia Câmara - que não era promotora de Aliança nessa época - explica que o indeferimento das duas candidaturas não teve relação direta com esse escândalo nem com os processos criminais dos quais são réus. “A impugnação foi feita de maneira muito objetiva, com base na ausência da quitação com a Justiça Eleitoral e nos processos de rejeição de contas do Tribunal de Contas da União e do Tribunal de Contas do Estado”, resume.
Além de ser réu em vários processos criminais, no tempo em que foi prefeito de Aliança, Carlos Freitas cometeu uma série de irregularidades, como gastos com pessoal acima do permitido, fracionamento de despesas como forma de burlar o processo licitatório, concessão irregular de diárias, inclusive em favor de Nanete, então vereadora.
Com informações do MPPE