O debate ainda não chegou por aqui, devido ao ambiente provincial e agora mais ideologizado ainda pelas eleições municipais, mas vale a pena abrir a discussão.

O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, criticou, em entrevista ao Blog de Jamildo, na festa de confraternização pelos 70 anos da entidade, a proposta de criação de uma estatal para exploração das novas jazidas de petróleo (mais conhecidas como pré-sal). “A questão está em aberto, mas porquê tem que ser da Petrobrás?”, questionou. “Temos é que acelerar estes investimentos com qualquer empresa.

O potencial de exploração do petróleo abre oportunidades para o desenvolvimento da indústria de bens de capital, de suprimento, e de derivados”.

O melhor argumento apresentado no debate é a questão do risco.

Armando não é deselegante chamando ninguém de burro, mas diz com todas as letras que o risco deve ser dos gringos, enquanto o petróleo continua sendo nacional. “Roberto Campos dizia que o petróleo era um bem econômico, mas no Brasil foi transformado em artigo teológico.

Com isto, monopolizou-se o risco e não teve petróleo.

Certo fizeram os dirigentes árabes, que deixaram o risco com os gringos e continuaram com o petróleo quando ele era achado”, compara. “O que nos interessa é o menor custo e menor prazo possível”.

Armando Neto concorda com Lula de que seja criado um fundo para a educação com os royalties gerados pela arrecadação de impostos.

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