Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou na noite desta quinta-feira (14) o presidente da corte, ministro Carlos Ayres Britto, a requisitar o envio da Força Nacional de Segurança ao Rio de Janeiro para acompanhar o processo eleitoral naquele estado.
No entanto, o envio da segurança só poderá ser feito caso o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), solicitar o reforço.
No mês passado, a Justiça Eleitoral recebeu a denúncia de que milicianos e traficantes de drogas estariam intimidando eleitoral em comunidades carentes da capital fluminense.
Sob ameaça de morte, os bandidos estariam obrigados esses cidadãos a votarem em determinados candidatos.
Além disso, outros candidatos e até mesmo jornalistas estariam sendo proibidos de entrar em comunidades do Rio de Janeiro.
Nessa segunda-feira (11), Ayres Britto teve uma reunião com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), desembargador Roberto Wider.
Ao final do encontro, Ayres Britto destacou que, naquele momento, a Força Nacional de Segurança para acompanhar as eleições no Rio de Janeiro não seria necessária.
Contudo, ele não descartou mudanças no cenário. “Todas as possibilidades estão em aberto.
Tudo vai depender da evolução do processo eleitoral.
Não está nada definido.” No encontro com o presidente do TRE fluminense, Ayres Brito também anunciou que o TSE daria prioridade a inquéritos da Polícia Federal contra candidatos acusados de envolvimento com criminosos.
Também foi discutida a possibilidade de fiscais do Tribunal Regional averiguarem a quantidade de cartazes e faixas de um candidato em um mesmo local.
Além disso, o TRE cogitou realizar uma campanha no Rio de Janeiro para conscientizar os eleitores sobre a inviolabilidade da urna eletrônica e do sigilo do voto.
Do Congresso em Foco