Por Sheila Borges, de Política/JC O problema detectado na Gráfica Angelim foi diferente.
As notas fiscais recolhidas nos gabinetes ainda não tinham sido emitidas pela empresa, e eram, portanto, falsas.
No dia da fiscalização do tribunal, em fevereiro, a última nota repassada pela gráfica foi a de nº 2189.
A seqüência mostrada pelos vereadores vai de 2224 a 2294.
O valor chega a R$ 39.800.
Onze vereadores apresentaram o documento falso: Luiz Vidal (R$ 2.700), Osmar Ricardo (R$ 2 mil), Gilvan Cavalcanti (R$ 1.600), Eduardo Marques (R$ 2.200), Romildo Gomes (R$ 2.200), Henrique Leite (R$ 3.300), Luiz Eustáquio (R$ 3.900), Valdir Facioni (R$ 1.400), João Alberto (R$ 1.700), Liberato Costa Júnior do PMDB (R$ 3.800) e Luiz Helvécio (R$ 4.200). “Não foi a primeira vez que me envolvi em casos como este.
Infelizmente, não tenho o que fazer.
Os políticos são mais poderosos.
Não trabalhei para nenhum vereador do Recife.
Tudo que apresentaram é falso.
Só trabalho com prefeituras do interior”, desabafou o dono da Angelim, Edvaldo Vieira da Silva.
A gráfica fica na Rua do Peixoto, nº 300, no bairro de São José.
Todos os vereadores citados nos três posts devolveram o dinheiro, utilizado irregularmente, aos cofres públicos.
Estão preparando suas defesas para apresentá-las ao TCE.