Por Sheila Borges, de Política/JC Em relação à Valgráfica, o TCE constatou que, além de notas falsas, os gabinetes apresentaram também notas duplicadas.

Os vereadores Eduardo Marques (PTB) e Valdir Facioni (PMN) protocolaram documentos clonados.

As notas tinham o mesmo número de série: 4316.

Para Marques, a compra foi efetuada em 22 de maio de 2006 e custou R$ 3 mil.

Para Pastor Valdir, o negócio foi firmado em 18 de maio de 2006 no valor de R$ 1.900.

Nos dois casos, a gráfica têm o mesmo registro, uma nota de R$ 60, emitida em 5 de julho de 2006.

Marques também tem outra nota clonada.

Desta vez, com o ex-vereador Silvio Costa Filho (PMN).

O nº do documento é de 4318.

A nota de Marques traz o preço de 3.500 e a de Silvio de R$ 3.700.

A primeira, emitida no dia 20 de junho de 2006 e a segunda, em 18 de maio de 2006.

Já na nota verdadeira mostrada pela gráfica, a data da venda é uma só: 7 de julho de 2004.

O valor, também único, é de R$ 170,00. “É um absurdo.

Mas o pessoal emite muita nota fria.

Fizeram uma cópia da minha mas com coisas diferentes”, falou o proprietário da gráfica, Valter Souza, localizada na Avenida Domingos Ferreira, nº 301, no Pina.

Ele lembrou que tinha um vendedor que fazia muitas encomendas para a Câmara.

Também apresentaram notas falsas da Valgráfica os vereadores João Alberto (PSDB), Henrique Leite, Mozart Sales (PT) e Romildo Gomes (DEM).