O escritor Fernando Monteiro não tem uma boa avaliação do professor Ariano.

Veja um pouco das matações publicadas em site nacional, ainda não divulgadas por aqui nos cadernos culturais.

L.O.

Em que Ariano Suassuna contribui (ou não) com a cena intelectual e artística quando lança sua “doutrina” armorialista?

O escritor Suassuna é superior ao “animador” Suassuna?

F.M.

Ariano Suassuna virou um personagem de si mesmo.

Incorporou João Grilo e Chicó, tornou-se o “cavalo” do Coronel e do Bispo, ao mesmo tempo, de “A Compadecida” – e hoje acredita, piamente, que é Ariano Suassuna (como Humphrey Bogart acreditava que era Humphrey Bogart).

Estou ficando louco?

Nada disso.

Se, realmente, Suassuna nada tem a ver com o ator, todos os atores têm muito a ver com quem passa a representar um papel na vida e na cultura, como Ariano Vilar Suassuna hoje representa, armorial e glorificadamente, para a felicidade geral dos seus seguidores.

Ele tem importante papel na defesa da cultura brasileira e, simultaneamente, é uma força de retração que apela ao conservadorismo e ao atraso, como imãs que levariam a uma concepção fascista da cultura, se levada ao pé de letra a “cartilha” Armorial-feudal.

L.O.

E os seguidores de Suassuna?

Que responsabilidades têm nesse aspecto?

F.M.

Seguidores de Suassuna?

Eu não vejo tantos assim.

O “multiartista” Antonio Carlos Nóbrega? É um bom dançarino: levanta um pé muito branco no ar, e canta com a suavidade de uma taboca-rachada.

O músico Madureira (esqueci o primeiro nome) seria outro?

Ele é um bom compositor quando sai de perto das ordens de Ariano.

Carlos Newton Júnior?

Mas, Carlos Newton é o quê?

Uma câmera de ecos, um vassalo, um cassaco do cavalo de Tróia do Coronel Tolstoi de Taperoá?

Sei não, mas eu desconfio que o nosso caso não está na hora de acabar (Dolores Duran), mas não vai demorar.

Ou seja, eu acho que o armorialismo vai desaparecer assim que Ariano vier, infelizmente, a falecer aí pelos seus 165 anos.

Veja o link para a entrevista: