Em Brasília, o candidato a prefeito de Jaboatão e deputado federal Paulo Rubem recebeu com surpresa a decisão do desembargador André Guimarães, de acatar liminar impetrada pelos advogados do candidato André Campos, impedindo a utilização pelo pedetista de imagens suas ao lado de Lula e Eduardo Campos.
O advogado Augusto Evangelista, responsável pela defesa do ex-petista, ainda não recebeu a notificação, mas já trabalha no recurso que será impetrado para garantir a continuidade da utilização do material. “Não posso ser impedido de mostrar minha história.
Fundei o PT e estive ao lado de Lula no tempo das vacas magras.
Na campanha de 1989, quando Collor usou de artimanhas excusas para nos vencer.
Na minha campanha para governador em 1990, quando a presença de Lula foi fundamental para garantirmos o crescimento do PT e as eleições de Humberto e João Paulo (primeiros deputados petistas de Pernambuco)”, diz o agora pedetista.
Paulo Rubem lembra que saiu do PT depois que a Executiva Estadual acatou a inclusão de 400 fichas de filiação, que haviam sido pagas em um único momento por um assessor do deputado André Campos. “O governador Eduardo Campos inclusive foi a Brasília e fez questão de me defender no processo em que o PT pede a cassação do meu mandato de deputado federal, mostrando que saí do partido que ajudei a criar, mas continuo sendo da base de sustentação dele e do presidente Lula”, lembrou.
Para Augusto Evangelista, que ainda não teve acesso à decisão do TRE: “A medida, que vem sendo buscada pela coligação de André Campos, é ilegal, arbitrária e ilegítima.
Está cerceando o direito, pois o nosso presidencialismo tem uma característica de coalisões.
O presidente e o governador fazem o papel de chefes de governo e o PDT é co-responsável pelas administrações de Lula e Eduardo Campos”.