Jamildo, Foi com com espanto que li em seu blog a notícia de que a CFN resolveu “devolver” o trecho da linha férrea entre Recife e Salgueiro.

Assim, sem nenhum argumento ?

Isso é um absudo completo.

Vejamos: 1.

Em abril de 2003 trouxe ao conhecimento da Câmara que a Procuradoria da República em PE havia entrado com Ação na Justiça Federal no Estado para que se cancelasse a concessão da malha ferroviária do NE à CFN e se impedisse o repasse de verbas do BNDES para a concessionária pelas seguintes razões: a) Durante toda a concessão, desde 1997, a CFN não havia feito os investimentos previstos no contrato; b) Nesse período teve desempenho pior do que a extinta REFFESA no último ano de operação. c) A CFN já havia recebido três auditorias do TCU desde 1997, reprovando-se seu desempenho na concessão. 2.

A Juíza da 7a.

Vara Federal, analisando a Ação proposta pela Procuradoria, concedeu liminar para impedir o repasse de verbas do BNDES para a CFN e deu prazo para que a empresa programasse os investimentos.

Houve, entretanto, recurso da CFN no TRF da 5a.

Região e a liminar caiu. 2.

Em junho do mesmo ano,2003, o ex-Deputado Federal Miguel Arraes também se manifestaria sobre o mesmo fatona Tribuna da Câmara; E agora, onze anos depois?

A CFN entrega o ramal e pronto ?

E os prejuízos causados pela não ativação do trecho?

Creio que caberia uma consulta à Procuradoria da República aí para se obter uma avaliação jurídica.

Não me parece que a CFN possa, simplesmente, esquartejar um trecho e entregá-lo ao governo, o osso, ficando com a parte que lhe interessa, o filé, para ativar o trecho para o Ceará, por exemplo, reforçando as operações no Porto de Pecém.

Como fica a integração Petrolina, Salgueiro-Suape?

Como deputado federal que tratei desse assunto em 2003, acho essa decisão um descaso, um abuso completo da CFN e quero contribuir com o desenvolvimento do Estado sugerindo essas alternativas.

Forte Abraço.

Paulo Rubem Deputado Federal PDT-E PS: Forçada pela revelação do Blog, a CFN admitiu o descarte.

Há um mês, negava a mesma informação.

Leia mais amanhã, na editoria de Economia.