Nesta sexta-feira, o diretor de infra-estrutura e meio ambiente Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Roberto Vellutini, reuniu-se com o governador Eduardo Campos e o secretário de Recursos Hídricos e presidente da Compesa, João Bosco, para apresentar a cartela de produtos que irão contemplar o Governo do Estado.
Entre os serviços oferecidos pelo BID, dois despertaram interesse especial do Governo do Estado.
O primeiro projeto contempla a despoluição e revitalização da bacia do Rio Ipojuca, que nasce em Arcoverde e chega até o Porto de Suape.
O projeto é idêntico ao que está sendo feito pelo Governo do Estado em parceria com o Banco Mundial em prol do Rio Capibaribe.
A segunda parceria diz respeito a um programa de melhoria da gestão na sede e nas regionais da Compesa com objetivo principal de diminuir as perdas no fornecimento de água que hoje chega a 59% do volume ofertado.
A meta é reduzir, em 10 anos, cerca de 30%.
Vellutini afirmou que o Banco tem muito interesse em apoiar projetos no Estado. “Pernambuco é um estado que tem espaço e possibilidade para alavancar o programa de obras e financiamento do BID.
Vai ser o Estado brasileiro mais ambicioso no que diz respeito a investimentos na área prioritária de água e saneamento”, disse.
Para preparação dos dois projetos, o BID dispõe de um fundo não-reembolsável de investimentos com assistência técnica para diagnosticar as dificuldades da rede e viabilizar projetos mais consistentes.
Esse fundo vai ser viabilizado em aproximadamente dois meses e pode chegar a dois milhões de dólares para cada projeto acordado.
A previsão é de que esses estudos sejam finalizados em seis meses.
A expectativa é que no segundo trimestre de 2009, o Estado venha receber os recursos do banco.
Os números concretos desses investimentos vão depender do que vai ser diagnosticado nessa primeira fase dos estudos, mas podem chegar a 500 milhões de dólares ao longo de 10 anos, dependendo das necessidades do Estado.