Do site da CNI Se o nível de atividade aumentou no segundo trimestre, alguns indicadores levaram os economistas da CNI a antever um possível arrefecimento nos terceiro e quarto trimestres. “Os estoques estão acima do desejado, aumentou a dificuldade na obtenção de crédito e as margens de lucro das empresas estão menores, por conta de aumento de preços das matérias-primas”, avaliou Flávio Castelo Branco.

Isso indica, segundo ele, que a produção pode cair para acomodar os estoques e que a demanda pode esfriar, devido ao crédito menos farto e também à possíveis repasses de preços.

O nível de estoque de produtos finais ficou em 50,6 pontos, 0,8 ponto acima do indicador anterior, de 49,5 pontos.

O estoque efetivo-planejado, que mede não se o estoque está alto ou baixo mas se está de acordo com o pretendido pela empresa, também teve crescimento.

Passou de 50,2 pontos no primeiro trimestre para 50,4 pontos na atual pesquisa.

Isso significa que as empresas têm mais mercadorias estocadas do que o desejado.

A situação é mais crítica entre as grandes empresas, entre as quais o indicador de estoque efetivo-planejado chegou a 52,1 pontos, ante 51,5 pontos na pesquisa anterior. “As grandes empresas são sempre as primeiras a sentirem as mudanças no mercado.

Isso mostra que pode haver um arrefecimento na produção para acomodar os estoques”, disse Castelo Branco.