Do site da CNI O ritmo de atividade da indústria de transformação no segundo trimestre foi maior do que nos três primeiros meses deste ano e também do que em igual período do ano passado.

Mas os primeiros sinais de que a produção industrial pode desacelerar no segundo semestre começaram a aparecer. É o que mostra a Sondagem Industrial, pesquisa feita a partir de consulta a 1.488 empresas de todo o país, entre os dias 26 de junho e 30 de julho, e divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “As indicações que temos são de que pode acontecer uma acomodação do ritmo da atividade industrial nos próximos meses”, analisou Flávio Castelo Branco, gerente de política econômica da CNI.

Essas indicações são dadas principalmente pelo aumento dos níveis de estoques e pela maior dificuldade de acesso ao crédito, movimentos captados pela pesquisa.

A Sondagem Industrial informa que a produção industrial cresceu tanto na comparação com o trimestre imediatamente anterior quanto em relação ao mesmo período do ano passado.

O indicador de produção chegou a 56,5 pontos no segundo trimestre, ante 52,2 pontos no primeiro e 56,2 pontos no mesmo período de 2007 (o indicador varia de zero a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 indicam evolução positiva).

Dos 27 setores pesquisados, 20 registraram indicadores acima de 50 pontos.

Desses, nove ficaram acima de 60 pontos, como os de refino de petróleo (68,2 pontos), veículos automotores (63,2) e outros equipamentos de transporte (82,5). “Ainda não houve uma mudança significativa no ambiente econômico que afete a demanda de maneira mais forte.

O consumidor ainda comprou no segundo trimestre, porque há uma inércia no consumo”, explicou Castelo Branco.

Com a alta da inflação e os seguidos aumentos na taxa básica de juros, o último de 0,75 ponto percentual, é esperada uma redução na demanda interna, que deverá se refletir nas próximas edições da pesquisa, avaliou Renato da Fonseca, gerente de avaliação, pesquisa e desenvolvimento da CNI.