O cantor será uma das atrações da festa “Nem Freud Explica” que a boate Metróple promove no dia 8 de agosto, mas a empresária Maria do Céu não descarta a possibilidade de cancelar a atração, caso as entidades de defesa dos homossexuais se sintam prejudicadas com o show na boate.
Maria ressalta, entretanto, que não vê homofobia na letra da música “Papa Frango” e compara a irreverência de João do Morro a do grupo Mamonas Assassinas. “Eu não gosto de chamar ninguém de frango, mas, no caso dele, virou humor, assimo como o Mamonas cantava Robocopy Gay” explica Maria.
A letra da música “Papa Frango” é apontada pela ONG Leões do Norte como forma de retratar uma relação que normalmente acaba em violência contra os homossexuais. “Se aparecer mais um homossexual morto não reclamem de homofobia, foi o frango que não pagou a picanha argentina, a cerveja boa, o trancelim legal ou a bermuda de marca.
Nada mais justo que o papa frango faça o ajuste de contas e tire a vida do frango.
Devemos acrescentar nas desculpas da Polícia esse detalhe para justificar as mortes” explica o presidente da entidade.
Para evitar problemas com atrações e trios, os organizadores da Parada do Recife informam que, este ano, haverá mais rigor na fiscalização. “Este ano seremos ainda mais rigorosos.
Vamos nos reunir com a CTTU (Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos) e com a Polícia Militar.
Se não obedecer as cláusulas o trio sai de cena” ressalta Isis de Fátima, do Fórum GLBT.