Após o fracasso das negociações da Rodada Doha, principalmente depois dos Estados Unidos, Índia e China não alcançarem um acordo sobre as tarifas de importação para o setor agrícola, as relações entre os dois principais parceiros do Mercosul Brasil-Argentina ficaram abaladas.
Durante o encontro, o chanceler Celso Amorim se posicionou a favor do acordo proposto pela OMC, insuficiente para o G-20, que o Brasil integrava, até então, junto com outros países em desenvolvimento, como a Argentina. “A hora da verdade para o Mercosul chegou.
Com o fracasso da Rodada Doha, o chanceler Celso Amorim afirmou que, agora, focará esforços no que ‘dá resultado’, ou seja, os acordos bilaterais.
Ele ressaltou que negociações com Estados Unidos e União Européia serão prioridades.
Mas, tendo em vista as posturas de Argentina e Venezuela durante essa última reunião da OMC, é muito difícil acreditar que essa nova possibilidade venha a se concretizar.
Assim, o Mercosul e a prioridade dada a ele pelo Itamaraty, estarão em xeque”, diz Gunther Rudzit, professor das Faculdades Integradas Rio Branco e doutor em Ciências Políticas.