Por Sheila Borges, no JC de hoje O ex-prefeito de Abreu e Lima Jerônimo Gadelha, que, este ano, tenta retornar à prefeitura deste município da Região Metropolitana do Recife para exercer seu quarto mandato, informou à Justiça Eleitoral que teve um crescimento patrimonial de mais de 970% nos últimos oito anos.

Na eleição de 2000, Jerônimo entregou uma relação de bens avaliada em R$ 830 mil (ver arte).

Na lista detalhada, estavam 60 casas, um sítio e um carro – a maioria dos imóveis em Abreu e Lima.

Naquela época, o ex-prefeito estava administrando a cidade pela segunda vez.

Este ano, a declaração revela um enriquecimento do político, que tem um patrimônio de R$ 8,9 milhões.

Nos últimos oito anos, quatro deles comandando a Prefeitura de Abreu e Lima (2201/2004), Jerônimo conseguiu adquirir mais oito casas, 19 apartamentos, três lojas e quatro terrenos.

Também trocou de carro, passou de um Vectra, ano 1996, para um Marea, ano 2000.

Antes, concentrava seus bens em Abreu e Lima, mas tinha 36 casas em Cruz de Rebouças e uma outra casa em Olinda.

Agora, demonstra que investiu em outros municípios.

Tem apartamentos em Paulista, Jaboatão dos Guararapes e até em Maceió, capital de Alagoas.

Além de manter as casas que possuía em 2000, comprou outras em Abreu e Lima, Olinda, Paulista e Itamaracá.

Na relação remetida ao Cartório de Abreu e Lima, Jerônimo não identifica os bairros ou cidades de algumas das propriedades adquiridas nos últimos anos.

Por meio da verificação do crescimento patrimonial, Jerônimo mostra a evolução do valor de alguns bens.

Em 2000, as 36 casas que o ex-prefeito tinha em Cruz de Rebouças valiam em R$ 360 mil.

Agora valem R$ 1 milhão.

Esse conjunto de casa é o bem mais valorizado do ex-prefeito.

Em segundo lugar está um apartamento de R$ 800 mil, em bairro não informado.

Em terceiro, uma propriedade de R$ 754,8 mil, localizada em Olinda.

Jerônimo Gadelha não foi localizado para falar sobre sua evolução patrimonial.

Enquanto isso, a declaração de bens do atual prefeito, Flávio Gadelha (PMDB), que disputa a reeleição, é de R$ 88,5 mil.

Tem um Focus 2004 e cotas de uma empresa.

Depois que se elegeu em 2004, com o apoio de Jerônimo, Flávio rompeu politicamente com o tio.

Apesar de ter um patrimônio de quase R$ 9 milhões, Jerônimo declarou que fará uma campanha onde gastará, no máximo, R$ 600 mil.

O prefeito pretende desembolsar R$ 500 mil para se reeleger.

A campanha eleitoral de Abreu e Lima está avaliada em R$ 1,1 milhão.