Da coluna JC nas Ruas As incongruentes declarações externadas pelas duas extremidades hierárquicas da segurança pública do Estado nos levam a uma única conclusão: alguém falta com a verdade.
De um lado, os praças que integram a base da Polícia Militar apontam falhas na formação da tropa.
Do outro, o alto escalão da Secretaria de Defesa Social defende que a matriz curricular, adotada por todas as unidades da federação, é cumprida à risca.
Em meio ao polêmico debate sobre o despreparo da PM, emergem denúncias de irregularidades.
Resguardados pelo anonimato, soldados asseveram que treinamentos são insuficientes e não refletem a realidade das ruas.
Criticam que as imprescindíveis aulas exclusivas de tiro consomem apenas 60 horas do curso.
Na contramão, disciplinas que ensinam a marchar e se portar diante dos oficiais somam 84 horas/aula.
A percepção de quem ocupa o alto comando diverge dos que estão na linha de frente.
O secretário Servilho Paiva assegura que o treinamento obedece à determinação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Garante o preparo dos subordinados com o cumprimento irrestrito das 800 horas/aula estipulada pela União.
Discrepâncias à parte, não cabe aqui julgar quem fala a verdade.
Cada um que tire suas próprias conclusões. É preferível observar os resultados nas ruas.