Repórteres e fotógrafos que acompanhavam ontem pela manhã a campanha do candidato a prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (PRB) receberam ameaças de traficantes armados na Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte.

A abordagem ocorreu depois que um grupo, formado por repórteres e fotógrafos dos jornais “O Globo”, “Jornal do Brasil” e “O Dia”, distanciou-se do senador.

Os profissionais fotografavam o candidato cumprimentando moradores em uma praça da favela quando três homens cobriram os rostos e começaram a dizer que não era para fotografar.

O senador os ignorou e seguiu a caminhada.

Um dos homens aproximou-se dos jornalistas e mandou que eles apagassem as imagens feitas no local.

Um assessor do candidato que estava com o grupo tentou argumentar que o objetivo não era denunciar ninguém, mas logo chegou uma moto com outros dois homens, um deles armado com um fuzil.

Ameaçados, os jornalistas apagaram as imagens.

Após serem liberados, voltaram a se unir a Crivella, que, sem perceber a abordagem, continuara a caminhada.

Ao ser informado do ocorrido, o candidato encerrou a caminhada.

A pedido dos jornalistas, ele aguardou a chegada dos carros da imprensa antes de deixar a favela. “Eu fui caminhando e conversando com as pessoas, quando o repórter veio me dizer que teve de esvaziar a máquina [fotográfica].

Eu não percebi, mas achei revoltante.

Ofende a nossa dignidade”, disse.

Da Folha de S.

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