A governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB) vem caminhando sobre um braseiro.

Desde que assumiu o cargo, ela enfrentou a oposição do próprio vice, viu seu governo ser acusado de patrocinar um desvio de 44 milhões de reais e já perdeu quatro secretários calcinados pela crise.

A maior encrenca de Yeda, agora, tem outro endereço. É um casarão, comprado pela governadora entre a vitória nas urnas e sua posse.

Como todo o seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral na véspera da eleição era inferior ao preço declarado da transação, 750.000 reais, ela passou a ser investigada pelo Ministério Público (MP) a pedido do PSOL.

Yeda já deu duas explicações públicas sobre o caso.

Na primeira, justificou a origem dos recursos para a compra com a venda de um carro e dois apartamentos.

Descobriu-se, porém, que um dos imóveis nunca saiu do nome da governadora por causa de um bloqueio judicial.

A segunda, apresentada ao MP na semana passada, é mais detalhada.

Ainda assim, as contas não fecham.

Permanece sem explicação consistente a origem de cerca de 200 000 reais.

Um governante com dificuldade para explicar a compra de um imóvel tem um problemão.

Ele pode ficar maior nos próximos dias.

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