Em entrevista nessa sexta-feira (25) em Lisboa, onde participa da VII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que já foram feitos todos os cortes possíveis nas despesas do governo. “Nós não temos mais o que cortar de gastos do governo.
Nós fizemos o reajuste que deveríamos ter feito, fizemos o fundo soberano […] acho que as medidas estão tomadas.
Obviamente que não é possível que um governo fique anunciando antecipadamente o que ele vai fazer se amanhã, o mês que vem, se a inflação continuar.
Nós iremos tomando as medidas que forem necessárias tomar”, disse.
No fim do mês passado, o governo anunciou que o Orçamento de 2008 sofrerá um corte adicional de R$ 8,2 bilhões para acomodar a economia excedente de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) que será feita para formar o fundo soberano, pag"ar o reajuste dos benefícios para o Bolsa Família e para “outras prioridades”. “INFLAÇÃO NÃO VOLTARÁ” Também nesta sexta-feira, em evento no Piauí, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, falou sobre o assunto e afirmou que todos os ministérios e estatais terão de cortar gastos para ajudar o Banco Central no combate à inflação.
Ficam de fora os programas sociais do governo.
Segundo o ministro, os cortes afetarão tanto as despesas obrigatórias quanto as de livre aplicação. “Isso foi determinação do presidente”, afirmou.
Na entrevista nesta sexta, por várias vezes, o presidente reiterou que a inflação “não voltará”. “Eu vivi do outro lado da inflação, quando ela foi 40% ao mês, quando foi 80%, e eu sei que isso não interessa a quem vive de salário”, afirmou.
Para Lula, a inflação no país tem “forte conteúdo internacional”.
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