Espero que Deus salve o Brasil Do Blog de José Dirceu Se não, que a situação internacional não piore tanto e…
Se não, que a situação internacional não piore tanto e nos ajude a superar mais essa trapalhada do Banco Central (BC).
Basta abrir os jornais para ver os contrastes e as conseqüências da política do BC: enquanto o emprego continua crescendo, e pela primeira vez o desemprego cai abaixo dos 8% - ficou em 7,8% - e o déficit da Previdência cai 17,5% no primeiro semestre, efeitos saudáveis do crescimento, na outra ponta a dívida interna chega a R$ 1.247 trilhão.
Desastrosamente vai aumentar durante todo o ano, e muito, já que o alta de 1,75% (até agora) na taxa de juros em 2008 corresponde à bagatela de R$ 13,9 bilhões de acréscimo ao mês se calculado sobre o total da dívida.
Mesmo que consideremos a dívida pré-fixada, e o aumento líquido menor, isso anula e torna supérfluo qualquer esforço de superávit e corte de gastos. É um absurdo, amigos leitores, que não tem tamanho!
Pior são as conseqüências para o câmbio.
Não para de se valorizar - ontem o dólar bateu os R$ 1,58, com os previsíveis efeitos devastadores na balança comercial e de pagamentos, na nossa competitividade e na ameaça à nossa indústria que não vai resistir a invasão de produtos a um câmbio que torna os importados mais baratos que os nossos.
Isso inviabiliza as nossas exportações, e encarece demais os produtos de importação.
Do outro lado - em oposição ao aumento de juros - temos as virtudes do crescimento que só o BC teima em não enxergar: crescem o emprego e a renda, o crédito, as arrecadações da Previdência e do governo, e cai a relação dívida/PIB.
Um círculo virtuoso que sustenta um crescimento com distribuição de renda e diminuição da pobreza que os ortodoxos do nosso BC querem anular.