Em nota a respeito do envolvimento de seu nome na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) criticou distorção e má-fé de delegado da PF.
Leia abaixo a íntegra da nota: 1) Há 15 dias fui surpreendido com o envolvimento de meu nome em uma operação da Polícia Federal - Satiagraha.
Fiquei sabendo que era investigado e que tinham pedido minha prisão temporária, que restou indeferida.
Desde então, procuro saber o que de fato era e é atribuído a mim, o que até hoje não consegui.
Jamais fui chamado a prestar esclarecimentos. 2) Hoje, 23 de julho, diante de reportagem que atribui a mim o pedido de US$ 260 milhões para viabilizar a “supertele”, não posso me calar.
O diálogo em questão tratava de uma negociação em curso e os valores citados se referiam a essa negociação como um todo.
Não há no diálogo nenhuma menção à tentativa de lobby.
Mas a conclusão distorcida do relatório do delegado Protógenes Queiroz é que esse valor se destinava a remunerar tráfico de influências.
Pior, sem que nenhuma palavra sobre isso fosse mencionada, escreve que o dinheiro seria usado em “caixa dois” de campanha eleitoral.
Querer ver neste diálogo a existência de propina, lobby, de dinheiro para campanha eleitoral é pura má-fé.
Além das interpretações distorcidas do delegado Protógenes, deparo-me com a publicação de trechos do relatório pela imprensa que ajudam a distorcer ainda mais as conclusões do delegado. 3) Jamais, no trabalho profissional prestado ao grupo Opportunity, se discutiu propina, porcentagem, recursos para campanha eleitoral de quem quer que seja.
Isto é uma calúnia a que vou repelir, custe o que custar.
Meu trabalho consistiu em analisar processos em curso envolvendo o Banco Opportunity, nas esferas civil e criminal.
Advoguei.
Ajudei a conformar as propostas que foram exaustivamente debatidas entre as partes até chegar ao acordo final.
Advoguei.
A negociação que resultou na criação da BrOi foi árdua, foi longa, foi tensa, mas não teve nenhum ilícito. 4) Não me amedronta a possibilidade de ser processado.
Aqui está em jogo a minha honra pessoal e profissional.
Aqui está em jogo também a questão democrática.
Aqui está em jogo o respeito pelos direitos dos cidadãos assegurados pela Constituição Federal.
O respeito ao exercício da profissão de advogado, que hoje exerço em tempo integral.
Luiz Eduardo Greenhalgh Portal do PT