O secretário João Lyra Neto também questionou o comportamento do Simepe, que se diz aberto ao diálogo, mas, ao mesmo tempo, pede o afastamento do vice-governador do estado e secretário da saúde das negociações, através de nota em jornais e em ofício encaminhando ao governador Eduardo Campos. “O governador jamais faria isso com qualquer secretário, muito menos com um secretário que está cumprindo uma missão de governo e que é o vice-governador.

Eduardo Campos pegou o ofício e o entregou para mim”, informou Lyra.

Com relação ao andamento das negociações salariais com a categoria, o secretário disse que o Estado já foi ao limite financeiro quando propôs um reajuste salarial de 48,28% aos médicos plantonistas, além da implantação do PCCV para toda a categoria.

Para 800 médicos plantonistas das emergências de alta complexidade, o salário passaria de R$ 2,9 mil para R$ 4,3 mil, por uma carga de duas jornadas semanais de 12 horas.

Já o PCCV, que abrange todos os 4,5 mil médicos que trabalham para Estado, dera, ainda em 2008, um aumento que varia de 5% até 33%, no caso dos profissionais em fim de carreira.

João Lyra Neto fez um apelo para que o sindicato tenha bom senso e que os médicos continuem trabalhando, porque o Governo, por sua vez, encaminhará soluções definitivas para a Saúde Pública de Pernambuco.

Até o momento, nenhum pedido de demissão foi encaminhado aos Recursos Humanos da Secretaria. “Portanto, não há justificativa para possíveis abandonos dos postos de trabalho”.