O advogado e ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh foi contratado pelo sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, para fazer lobby no governo com o objetivo de tornar viável a compra da Brasil Telecom pela Oi, suspeita a Polícia Federal.
Segundo a investigação, a criação da supertele, um negócio de R$ 13 bilhões, poderia render aos lobistas de Dantas uma comissão recorde pelo serviço.
O principal nó da questão era conseguir que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) alterasse o Plano Geral de Outorgas (PGO) do setor, proibindo que uma mesma operadora controlasse mais de uma das áreas de telefonia fixa, definidas na privatização do setor, nos anos 90.
Além de Greenhalgh, o banqueiro teria usado os serviços do publicitário Guilherme Sodré, o Guiga, para obter apoio no Congresso e no governo para a operação.
No relatório final do inquérito sobre a Operação Satiagraha, o delegado Protógenes Queiroz afirma que a atuação dos dois será alvo de um novo inquérito, a ser instaurado - eles tiveram a prisão temporária negada pela Justiça.
Desencadeada há 16 dias, a Satiagraha levou à prisão 18 pessoas - além de Dantas, foram detidos o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, empresários e doleiros envolvidos em suposto esquema de desvio de recursos públicos, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Da Agência Estado