A candidata a vereador Ingrid Gerolimich (PT), do Rio, foi hoje a primeira a panfletar numa favela com escolta policial.
Acompanhada de policiais militares e fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ), Ingrid distribuiu panfletos nos principais acessos da Favela da Rocinha, na zona sul da capital fluminense, por cerca de uma hora, mas teve de enfrentar a hostilidade de cabos eleitorais do candidato a vereador Luiz Cláudio de Oliveira (PSDC), mais conhecido como Claudinho da Academia, presidente da União Pró-Melhoramento dos Moradores da Rocinha (UPMMR).
Segundo denúncias que chegaram ao TRE/RJ, traficantes que dominam a favela teriam decretado que apenas Claudinho da Academia poderia fazer campanha na comunidade.
A candidata do PT a vereador do Rio disse ter tentado panfletar na favela no início do mês, mas foi advertida de que não teria “permissão” dos bandidos.
Por isso, afirmou, enviou um ofício à Secretaria de Estado de Segurança e ao tribunal pedindo proteção para candidatos a vereador em áreas consideradas de risco.
O candidato do PSDC a vereador do Rio negou que tenha exclusividade para pedir votos na favela, e recebeu Ingrid, como presidente da UPMMR, na entrada.
Claudinho da Academia disse que há outros três candidatos na Rocinha e afirmou que ela poderia contar com a ajuda dele para panfletar no local, se quisesse.
No entanto, acusou Ingrid de estigmatizar a favela. “Acho que ela está querendo aparecer em cima do nome da comunidade.
O narcotráfico não é um problema só da Rocinha, mas nunca houve isso de tráfico proibir candidato aqui.
Isso não existe.”, disse.
A candidata do PT a vereador afirmou que, nos ofícios, pediu proteção para todos os candidatos em várias localidades, não apenas na Rocinha. “Eu só quero ter o direito de fazer campanha na Rocinha e em qualquer outro lugar. É também um ato de denúncia.
Não podemos tratar esse assunto como um tabu”, disse.
Da Agência Estado