Por Carla Seixas, em Política do JC de hoje Ponto nervoso em praticamente todas as gestões estaduais, a questão da segurança deve dar o tom também no processo eleitoral municipal em curso.

Sobretudo se no centro do debate estiver o Recife, capital considerada como a mais violenta do País.

Não precisa consultar um grande cientista político ou marqueteiro de primeira grandeza para saber que o candidato que conseguir externar suas propostas para essa área de forma mais eficiente ganha votos que podem decidir o processo.

Hoje, o tema atinge todas as classes sociais.

Ciente da importância que o assunto tem junto à sociedade, o postulante do DEM será o primeiro a apresentar oficialmente e formatado o “pacote” para a área de segurança.

Os contornos do projeto se tornam públicos hoje, às 11h.

Mas já é possível antecipar que a proposta defenderá a possibilidade de instalar câmeras, como já fez o postulante do PSC, Carlos Eduardo Cadoca.

O democrata também defende o aumento do efetivo da guarda municipal.

Em segundo lugar nas últimas sondagens de intenção de voto, Cadoca já externou que quer se apoiar no aumento da vigilância para inibir o quantitativo de crimes.

Na estratégia, as imagens serão continuamente gravadas e assistidas por um grupo que teria, inclusive, como se comunicar com o local do crime por meio de alto-falantes.

E mais uma vez demonstrando que quer imprimir uma aproximação com o governo estadual de Eduardo Campos (PSB), a estratégia prevê uma parceria com agentes do Centro Integrado de Operações da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (Ciods) para possíveis ações de repreensão.

A equipe do postulante petista João da Costa argumenta que o tema ainda está em fase de discussão e que será apresentado no programa de governo, no próximo dia 17. “Discutimos o tema da segurança exatamente hoje (ontem).

Ainda serão feitas muitas consultas.

Manteremos o Segurança Cidadã com foco em uma atuação preventiva”, explica o coordenador da campanha petista Milton Bother.

Ele ressalta ainda que, sendo o candidato eleito, a Prefeitura do Recife vai defender um trabalho contínuo de parceria com o Pacto Pela Vida, do governo do Estado.

Em nota enviada ao JC, João da Costa reforça que o deslocamento e estruturação de favelas reduzirá os pontos críticos de violência na cidade.

Ele tem como exemplo o deslocamento para a construção da Via Mangue.

O candidato do PMDB, Raul Henry, admite que o tema bem apresentado fará a diferença nesta eleição. “Venho discutindo a segurança há um ano e meio.

Não estou inventando propostas. É preciso atuar na geração de ocupação para a juventude.

Estamos dispostos a dar estrutura para instalação de pontos da polícia nos bairros com maiores índices de violência”, diz.

O postulante defende uma nova utilização da guarda municipal. “Para isso, precisaria haver treinamento”, diz o peemedebista.