O delegado Ricardo Saadi assumiu na segunda-feira o comando dos inquéritos da Operação Satiagraha da Polícia Federal.
Em uma reunião realizada na Superintendência da PF em São Paulo, o delegado recebeu a nova equipe envolvida nos trabalhos.
O comando da PF em Brasília enviou um reforço de mais 30 agentes, peritos e escrivães.
Agora, a operação, que investiga esquema de corrupção, conta com cerca de 50 pessoas, entre delegados, agentes e auxiliares.
O delegado substitui Protógenes Queiroz, que comandava a operação até ser afastado, na semana passada.
Há seis anos na PF, Ricardo Saadi ganhou destaque durante a Operação Kaspar, que investigou doleiros que operavam no mercado paralelo de câmbio.
Sua indicação foi aprovada pelo Ministério Público Federal e pela Justiça.
Chefe da Delegação de Repressão a Crimes Financeiros da PF paulista, é especializado em combater lavagem de dinheiro e fraudes.
Além de Saadi, outros cinco delegados participarão dos trabalhos, incluindo Karina Souza e Carlos Pellegrini, que trabalharam com Queiroz na operação.
O afastamento de Karina e Pellegrini chegou a ser noticiado, mas os delegados continuam envolvidos no caso.
Um encontro entre Saadi e o procurador da República Rodrigo de Grandis, na segunda, começou a definir o cronograma de trabalho da equipe, que deve analisar uma tonelada de papéis e de equipamentos.
O material foi apreendido nas dezenas operações de busca autorizadas pela Justiça na investigação do esquema corrupto.
Estima-se que a análise dos papéis consumirá cerca de quatro meses de trabalho da PF e do Ministério Público.
Para facilitar os trabalhos, a Operação Satiagraha foi dividida em quatro inquéritos, cada um investigando crimes diferentes do esquema.
Um deles já foi concluído: o que trata da acusação de tentativa de suborno de um delegado da PF.
Com informações de Veja