De Veja O governo já não precisa mais reclamar do fim da CPMF, derrubada pelo Senado no fim do ano passado.
Só no primeiro semestre deste ano, o aumento da arrecadação da Receita Federal já foi suficiente para cobrir o “buraco” de que o governo se queixava.
Se tivesse sido mantida, a CPMF injetaria nos cofres do governo cerca de 39 bilhões de reais em um ano.
Nos seis primeiros meses sem o imposto do cheque, a arrecadação subiu 45,3 bilhões.
Mesmo sem CPMF, o governo ficou com 6,3 bilhões a mais.
Os números da arrecadação no primeiro semestre foram divulgados pela Receita na segunda-feira.
De acordo com informações publicadas nesta terça pelo jornal O Estado de S.
Paulo, o próprio governo projeta que a arrecadação total deste ano deverá superar a de 2007 em 74 bilhões de reais – ou quase dois anos de recolhimento da extinta CPMF.
No ano passado, o governo pressionava pela renovação da cobrança.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizia que, sem CPMF, seria impossível governar o país.
Líder da campanha de oposição à prorrogação da CPMF, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou na segunda que já esperava a nova alta na arrecadação apesar do fim do imposto do cheque. “No ano passado já dizíamos que as previsões de arrecadação para este ano apontavam para duas CPMFs a mais, mesmo acabando aquela.
E o tempo está mostrando que estávamos certos.” Apesar dos resultados anunciados na segunda, a base aliada no Congresso não desistiu de criar a nova CPMF, agora CSS.