Partos só podem ocorrer de segunda a quinta-feira por falta de médicos.

Produtividade é inferior a Abreu e Lima.

Os bebês de gestantes pobres de Olinda que precisarem vir ao mundo entre as sextas-feiras e o domingo não poderam nascer na cidade por falta de médicos na Maternidade Brites de Albuquerque - administrada pela Prefeitura de Olinda.

Foi isto que o candidato a prefeito Arlindo Siqueira (PTB) está denunciando como mote de campanha. “O descaso do governo municipal obriga as gestantes a se transferir para outros hospitais do Grande Recife”.

Segundo o candidato, a maternidade, que possui um custo mensal de aproximadamente de R$ 200 mil, realiza menos de dois partos por dia – média considerada baixíssima. “Em todo primeiro semestre de 2008, foram realizados apenas 224 partos.

Cada nascimento custa, em média, R$ 5.400 reais para os cofres municipais - recurso muito superior ao que se cobra por partos em hospitais privados.

Para fazer “economia” a Prefeitura também cortou o lanche servidos às parturientes nos horários das 16h e 22h, prejudicando mães e os bebês”.

Para o petebista, o problema da saúde em Olinda não é falta de verbas, e sim de má gestão dos recursos. “No município de Abreu e Lima, por exemplo, a produtividade foi de 680 partos no primeiro quadrimestre deste ano, enquanto a maternidade olindense realizou apenas 108”, comparou.

Em seu programa de governo, Arlindo Siqueira assumiu o compromisso de criar um hospital municipal de pronto-atendimento, além da reabertura das policlínicas de Rio Doce, Ouro Preto e Peixinhos. “Existe uma área ao lado da própria maternidade que pode ser aproveitada para a construção do hospital e para a efetiva utilização dos laboratórios existentes no entorno”, afirmou.

Semana passada, o prefeiturável esteve em Brasília para garantir recursos para a área da saúde no município. “Já solicitei à bancada pernambucana do Congresso Nacional a aprovação de uma emenda parlamentar para alocar recursos de aproximadamente R$ 28 milhões para 2009”, afimou.