Com Agência Brasil Brasília - A divulgação para imprensa do áudio de reunião entre membros da Polícia Federal, pela instituição, em Brasília, com o objetivo de comprovar que o delegado Protógenes Queiroz está deixando o inquérito da Operação Satiagraha por vontade própria, não foi bem recebida pelo Sindicato dos Delegados da Polícia Federal em São Paulo.

Na avaliação da entidade de classe, o gesto foi desnecessário e ruim para a imagem da PF, que possui um trabalho destacado no combate ao crime organizado. “Divulgar essa gravação é uma atitude ridícula, em péssima hora, que expõe muito mais a instituição.

Pegaram um caminho muito ruim que não resolve nada e só dá margem a mais ilações.

Foi de mau gosto, um amadorismo gritante”, afirmou o presidente do sindicato, Amaury Portugal.

Segundo Portugal, o assunto já deveria ter sido resolvido internamente, bastando que os delegados afastados oficializassem junto ao próprio sindicato as razões do afastamento, isentando a administração ou dando outros motivos.

O dirigente sindical não descarta que o silêncio do delegado Protógenes Queiroz sobre o afastamento seja consequência de pressões: “Se ele [Queiroz] não está aparecendo, deve ter algum motivo.

Mas respeito, porque talvez o que ele pode falar seja o que a administração não quer ouvir”