Brasília - O procurador da República em São Paulo, Rodrigo de Grandis, informou hoje (16), em entrevista coletiva, que não vai pedir a prisão preventiva do banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity, por enquanto. “Não vamos pedir a prisão preventiva por enquanto, mas isso pode acontecer a qualquer momento, se o Ministério Público achar necessário”, disse o procurador.

Daniel Dantas, Hugo Chicaroni e Humberto Braz passaram hoje à condição de réus no processo por corrupção ativa, depois que o juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, aceitou denúncia contra eles por tentativa de suborno.

Chicaroni e Braz são os dois únicos que continuam presos, entre as 17 pessoas, que foram detidas quando da Operação Satiagraha, da Polícia Federal. “Do ponto de vista legal eles eram antes investigados e agora são réus numa ação em que o Ministério Público os acusa de corrupção ativa, por tentativa de suborno a um delegado federal”, explicou o procurador.

Ele lembrou que Chicaroni já confessou o crime e detalhou a participação dos outros (Dantas e Braz).

Ele disse ainda que considera que haverá “um prejuízo sensível” para a continuidade das investigações, a saída do delegado Protógenes Queiroz do caso. “Tenho certeza que um delegado à altura será colocado no caso.

Mas vou acompanhar como a Polícia Federal vai continuar as investigações, inclusive com relação a recursos humanos”, declarou.

O procurador também esclareceu que as investigações sobre os acusados na Operação Satiagraha não estão perto de serem finalizadas. “Nós temos ainda um longo caminho em termos de investigação policial.

O inquérito não está sendo concluindo, ainda”.

O procurador Rodrigo de Grandis , disse que não se sente pressionado e que “trabalha com absoluta independência”.

Com a Agência Brasil