O juiz federal Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Criminal, em São Paulo, aceitou nesta quarta-feira denúncia contra o banqueiro Daniel Dantas, seu assessor Humberto Braz e o professor Hugo Chicaroni por tentativa de suborno a um delegado da Polícia Federal.

Ele investigava crimes cometidos pelo banqueiro e a proposta era para receber 1 milhão de dólares para deixá-lo fora das investigações da Operação Satiagraha.

O Ministério Público Federal denunciou Dantas por corrupção ativa no caso.

Os três acusados passam a ser réus e foram citados para depoimento na primeira semana de agosto.

Chicaroni será ouvido no dia 5, às 13 horas.

No dia seguinte, Braz irá depor no mesmo horário.

E no dia 7 De Sanctis ouvirá Dantas, também às 13 horas.

Todos os depoimentos serão colhidos na 6ª Vara Criminal, no bairro da Bela Vista, em São Paulo.

O banqueiro está em liberdade desde sexta-feira da semana passada mas os outros dois estão presos na sede da PF.

Indícios Na decisão, apesar de o Supremo Tribunal Federal conceder habeas-corpus a Dantas por achar que não havia elementos para comprovar os indícios de “autoria delitiva”, o juiz conclui “pela existência de tais indícios suficientes, pois, à deflagração da ação penal, respeitando-se a decisão do Ministro Gilmar Mendes em negar a prisão preventiva porquanto não ter havido elementos bastantes, até o momento, para a sua prisão”.

A Operação Satiagraha prendeu Dantas, a irmã, Verônica Dantas, o filho dele, e mais 20 pessoas, entre elas o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.

Dantas foi preso duas vezes na semana passada por agentes federais e por duas vezes foi libertado por habeas-corpus do ministro Gilmar Mendes, do STF.

O banqueiro é acusado de lavagem de dinheiro e suborno.

Leia aqui a íntegra da denúncia de corrupção contra Daniel Dantas pelo MPF