Daniel Dantas presta depoimento nesta quarta (16).
Em reuniões coordenadas pelo advogado Nélio Machado, os defensores esboçaram a linha de defesa.
De saída, sugeriram que o dono do Opportunity silencie diante de seus inquisidores.
Alegam que ainda não houve tempo para digerir as cerca de 7 mil páginas do inquérito.
Lorota.
As acusações que pesam sobre os ombros de Daniel Dantas foram expostas à saciedade nos jornais e na TV.
Parte-se do pressuposto de que, a essa altura, o silêncio convém a Daniel Dantas.
Melhor se resguardar e falar apenas na fase final do processo, em juízo.
Nesse meio tempo, a defesa do principal suspeito da Operação Satiagraha será feita apenas com a intermediação dos advogados, em petições escritas.
Segundo apurou o blog, os defensores do baqueiro decidiram argüir a suspeição do juiz Fausto de Sanctis e questionar a legalidade das provas obtidas pela PF.
São táticas usuais, de resultados incertos.
Coisa de quem deseja ganhar tempo e convulsionar o processo.
Contra o juiz, pretende-se alegar que exorbitou ao expedir o segundo mandado de prisão de Daniel Dantas, por cima de um habeas corpus do STF.
Escorados em despacho de Gilmar Mendes os advogados de DD sustentam que o juiz valeu-se de artifícios para desrespeitar a ordem do presidente do Supremo.
Esgrimem a tese da “armadilha”, corrobarada por Gilmar.
Afirmam que houve uma combinação para que a PF retardasse a liberação do banqueiro, para surpreendê-lo com a segunda detenção.
O juiz, dizem os advogados, perdeu a insenção.
Quanto à suposta ilegalidade das provas, não há clareza quanto aos argumentos que os advogados levarão aos autos.
Para a PF, o Ministério Público e o ministro Tarso Genro (Justiça), as evidências reunidas contra DD, além de legais, são contundentes o bastante para encrencá-lo.
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