Ex-secretário municipal de Planejamento Participativo e prefeiturável do PT no Recife, João da Costa demonstrou, ontem, insatisfação com a ação de improbidade administrativa do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e defendeu a publicação da revista “Orçamento Participativo, obras que ficam para sempre”.
O candidato alegou que a publicação seguiu o critério da “transparência” da gestão.
Já o prefeito João Paulo (PT), procurado pelo JC, disse que desconhecia a ação e só se pronunciaria depois de ter acesso ao teor do processo.
A assessoria da prefeitura informou que a gestão ainda não foi notificada, mas dará todas as informações necessárias, caso a Justiça as solicite.
Embora tenha demonstrado que já sabia da ação do MPPE, João da Costa afirmou que desconhece o conteúdo. “Meu advogado falou que é uma ação civil pública.
Mas não tenho conhecimento do teor.
Quando tiver, farei uma defesa pública.
Estou tranqüilo de tudo o que foi feito”, disse à noite, após um encontro no Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil/Factoring (Sinfac-PE), no centro do Recife.
Ao ser indagado se a ação do MPPE pode trazer algum prejuízo eleitoral à candidatura, João da Costa preferiu desconversar. “A população que foi beneficiária vai saber distinguir”, disse.
Apesar do entendimento da promotora de Defesa do Patrimônio Público, Andréa Nunes, de que a revista se destina a promoção pessoal do petista, João da Costa defendeu a publicação. “É estranho que alguém seja condenado por fazer a transparência, onde a população decide.
Nenhum outra gestão fez.
Uma revista que foi feita para dar transparência.
Se isso é uso da máquina pública…”