Brasília - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, negou hoje qualquer relação do governo com o banqueiro Daniel Dantas, acusado de crimes financeiros pela Operação Satiagraha. “Se houvesse influência, a pessoa [Dantas] não seria presa.” Dulci também não viu nada de errado nas conversas telefônicas entre o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, e um dos advogados de Dantas, o ex-deputado federal pelo PT, Eduardo Greenhalgh.

O banqueiro, dono do Grupo Opportunitty chegou a ser detido pela Polícia Federal duas vezes na última semana, mas foi liberado depois de conseguir habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). “Qualquer pessoa, quando recebe um telefonema, atende.

Isso é da absoluta normalidade.

O contrário, é que seria um absurdo.” Luiz Dulci voltou a comentar também a opinião do Lula sobre a operações da PF, ao chegar à Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), na manhã de hoje, para discutir ações do Mercosul.

Segundo ele, o presidente sempre combateu “exageros e espetacularizações” da polícia. “Lula nunca foi contrário ao cumprimento da lei.

A Polícia Federal, no caso [Operação Satiagraha], cumpria o que foi determinado pelo judiciário”, completou