O delegado Protógenes Pinheiro Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha da Polícia Federal, se afastou do comando das investigações nessa terça-feira (15).
Segundo a assessoria da PF, ele terá que concluir o Curso Superior de Polícia, que é obrigatório para todos os agentes que já têm pelo menos dez anos de serviço.
O delegado já vinha fazendo as aulas pela Internet, mas agora terá que cumprir 30 dias de aulas presenciais em Brasília.
Aos colegas, Queiroz informou que mesmo após o curso não retomará o comando do inquérito.
A Polícia Federal diz que o afastamento é decorrente de uma coincidência e não tem a ver com as críticas à condução da Operação Satiagraha.
Além disso, segundo a PF, o afastamento é também uma decisão pessoal de Protógenes e que não houve pressão de superiores.
O delegado foi bastante contestado, inclusive pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, que disse ter havido quebra do manual interno da polícia durante as prisões dos suspeitos.
Tarso foi informado sobre o afastamento de Queiroz pouco antes de entrar numa reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e com o ministro da Defesa e ex-presidente do STF, Nelson Jobim.
OUTROS DELEGADOS Segundo informações do Jornal Nacional, da TV Globo, os outros dois delegados envolvidos na operação, Karina Souza e Carlos Eduardo Pelegrini, também vão deixar a investigação a partir da próxima segunda-feira (21).
De acordo com o JN, as explicações para a saída dos delegados seriam divergentes.
Os delegados teriam dito para um juiz e para um procurador da República que foram afastados pela direção da Polícia Federal.
A versão da Polícia Federal é diferente.
Protógenes Queiroz teria obtido na Justiça o direito de participar de um curso de aperfeiçoamento profissional.
E a saída dos delegados nada teria a ver com os desdobramentos da investigação.
Segundo a polícia, nenhum deles foi obrigado a sair do caso.
Do G1