Da Folha Online, em Brasília O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, encaminhou à Corregedoria Nacional de Justiça, ao Tribunal Regional Federal de São Paulo e ao Conselho da Justiça Federal a denúncia de que seu gabinete no tribunal teria sido monitorado pela Polícia Federal a pedido do juiz Fausto Martin de Sanctis, responsável por expedir o pedido de prisão do banqueiro Daniel Dantas.

Mendes espera que os órgãos tomem as “providências cabíveis” para apurar se há indícios concretos de que seu gabinete tenha sido monitorado pela PF.

Segundo o Painel da Folha, o presidente do Supremo foi informado nesta quinta-feira por uma desembargadora do TRF-SP de que seu gabinete foi monitorado pela PF a pedido de Sanctis.

Mendes também foi informado ontem de que assessores do seu gabinete teriam conversado com advogados de Dantas na sede do STF em Brasília, embora o ministro considere algo de rotina advogados de presos procurem a presidência do tribunal.

Após ser informado das conversas entre advogados de Dantas e seus assessores, Mendes acendeu o sinal de alerta sobre o suposto monitoramento da PF.

Depois de ser informado pela desembargadora de São Paulo, o ministro decidiu tomar providências.

A Folha Online apurou que Mendes telefonou ontem para o ministro Tarso Genro (Justiça) em busca de explicações sobre o suposto monitoramento.

Em seguida, recebeu a visita no STF do diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, para comunicar o fato.

Tarso e Corrêa negaram a Mendes que a PF tenha monitorado o seu gabinete no STF.