Da Folha de São Paulo O banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, disse que sua prisão durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, teve motivação política.
Na reportagem de Claudio Dantas Sequeira, o banqueiro especulou uma possível perseguição por parte do ex-ministro Luiz Gushiken (Núcleo de Assuntos Estratégicos), opositor aos negócios do banqueiro junto à cúpula do governo.
Segundo a reportagem, Dantas concedeu a entrevista no lobby do hotel em que se hospedou depois de deixar a carceragem da Superintendência da PF de São Paulo.
Temendo estar sendo monitorado, falou ao lado de uma coluna e levava a mão à boca quando respondia às perguntas.
O banqueiro disse que é inocente e classificou como “superficiais” as evidências reunidas contra ele no processo. “São acusações totalmente infundadas.
Estou convicto de minha inocência”, declarou.
Para banqueiro, informações que ele teria dado a promotores de Milão no caso Telecom Italia são uma das razões para operação da PF.
Dantas foi solto por decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, que concedeu habeas corpus por considerar sua prisão “desnecessária”.
Cerca de 10 horas depois, a Justiça Federal em São Paulo decretou nova prisão do banqueiro, desta vez preventiva, por corrupção ativa.
A prisão preventiva de Dantas foi expedida pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo a pedido da PF e do Ministério Público Federal com base em documentos encontrados na casa dele na terça-feira.
O depoimento de Hugo Chicaroni, também preso durante a operação, reforçou o pedido de prisão.