O Município do Jaboatão dos Guararapes acredita ter sido o maior prejudicado pela ausência de representantes dos municípios do Recife e Moreno e do governo do Estado no que deveria ter sido a assinatura de um termo de ajustamento de conduta para desativação gradual do lixão de Muribeca, marcada para as 9h desta quarta-feira (9), no Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Segundo o secretário de Meio Ambiente do município, Geraldo Miranda, o não fechamento do lixão prejudica diretamente a população local, que convive com um passivo ambiental.
Para ele, a falta dos representantes dos municípios de Moreno, do Recife e do Governo do Estado ao Ministério Público foi um desrespeito à população do Jaboatão dos Guararapes. “Nossas 500 toneladas de lixo são destinadas ao aterro do Centro de Tratamento de Resíduos de Candeias (CTR), também localizado na Muribeca, que é ambientalmente licenciado e autorizado para o funcionamento.
Mas, enquanto o lixão estiver em funcionamento no município, nós estaremos perdendo inclusive financeiramente”, avisou Miranda.
O secretário explicou que além da poluição em todas as praias do município, o Lixão também polui o Riacho Muribequinha, utilizado pela Compesa para abastecer as comunidades do Conjunto Marcos Freire e localidades do Ibura.
Outra desvantagem é em relação ao recebimento do ICMS verde.
Atualmente Jaboatão recebe aproximadamente R$ 16 milhões, que equivale a 80% do total, por depositar seu lixo num local adequado ao meio ambiente.
Mas, poderia estar recebendo 100%, cerca de R$ 18 milhões, se o lixão não estivesse em funcionamento.
Os promotores André Silvani (Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Meio Ambiente), Alda Virgínia de Moura (Recife) e Flávio Falcão (Jaboatão dos Guararapes) concederam prazo de apenas 15 dias úteis – até 31 de julho – para que a Agência Pernambucana de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) tome todas as providências logísticas necessárias para fechar o lixão.