De Veja e UOL O banqueiro Daniel Dantas, do Banco Opportunity, voltou a ser preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira.
De acordo com informações do canal de TV Globonews, o novo pedido de prisão foi aprovado pelo mesmo juiz que emitiu a primeira ordem, Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Desta vez, porém, foi um pedido de prisão provisória, e não temporária.
Dantas havia sido solto poucas horas antes, no fim da madrugada, em São Paulo. ‘Processo técnico’ - O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta quinta-feira que “prestigiou” a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de conceder um habeas corpus a Daniel Dantas e aos integrantes do Banco Opportunity detidos na Operação Satiagraha da Polícia Federal.
O ministro, que trocou críticas com Mendes na semana passada, evitou um novo confronto público com o chefe do Judiciário, dizendo respeitar plenamente a decisão do Supremo. “O fato da concessão do habeas corpus é um processo jurídico e técnico, apreciado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, que temos de prestigiar”, disse Tarso na manhã desta quinta, horas depois da soltura dos suspeitos. “Não temos nenhum juízo negativo.
E nem podemos impor um juízo a respeito de um ato independente de um Poder.” O ministro ressaltou, contudo, que a PF “não prende sem necessidade” e que as prisões feitas na terça “não são arbitrárias”.
Tarso Genro também elogiou a ação dos policiais federais e disse que a libertação de Dantas não prejudicaria o andamento das investigações. “Não compromete o trabalho da Polícia Federal. É um direito que o presidente do Supremo Tribunal Federal tem e que a lei permite.” Segundo o ministro, a PF prende seus suspeitos para “salvaguardar documentos para o processo probatório ou impedir que a pessoa interfira no processo de inquérito ou de fazer uma contraposição”.