À Editoria de política do Jornal do Commércio: A edição do Jornal do Commércio de hoje traz uma matéria em que afirma que um suposto “estilo metralhadora” de minha candidatura teria causado mal estar em debate realizado ontem à noite no Clube de Engenharia, por conta de referência que fiz aos contratos da Prefeitura do Recife com a empresa Geo-Sistemas.
A reportagem também ouviu o empresário Roberto Muniz, presidente do CREA-PE e dono da empresa em questão, que, segundo a reportagem, sentiu-se atacado e tomará medidas legais.
Diante do exposto, necessitamos esclarecer o seguinte: 1 – Nossa candidatura não se propõe a “trocar figurinhas” com nossos adversários políticos, tão pouco a fazer ataques pessoais.
Somos, e continuaremos sendo, diretos e contundentes nas críticas que temos à atual administração e seus parceiros privados em sua gestão elitista.
O arsenal que alimenta nossas críticas é fartamente abastecido pela própria prefeitura.
Portanto, se ser direto e contundente nas críticas à atual administração é ter um “estilo metralhadora”, continuarei fiel a este estilo, e não há, e não haverá, nenhum constrangimento de nossa parte em função disto; 2 – Não fiz nenhuma crítica pessoal e nenhuma acusação por ilegalidade ao empresário Roberto Muniz.
Como se tratava de debate com engenheiros, o tema veio à tona como forma de exemplificar a falta de democracia na administração municipal, em uma área conhecida do público do debate.
E não é a primeira vez que trato publicamente do tema.
Fiz, e inclusive escrevi artigo publicado na imprensa a respeito, críticas ao ensurdecedor silêncio do CREA-PE em relação a temas de relevância para a engenharia e a arquitetura em nosso município, como o Corredor Leste-Oeste, Parque Dona Lindu, dentre outros, e achei, e continuo achando, muito ruim a coincidência de o presidente do CREA-PE ser também um cliente preferencial da gestão João Paulo, com dezenas de contratos, somando milhões de Reais, muitos deles com dispensa de licitação.
Escrevi este artigo não com o objetivo de denunciar problemas de probidade administrativa, de legalidade, mas de moralidade, equilíbrio, transparência e democracia na destinação dos recursos públicos, que efetivamente existem na relação da prefeitura com a empresa Geo-Sistemas; 3 – Continuaremos defendendo o fim do seqüestro do serviço público por setores privados associados a gestores sem espírito público.
Contratos “estranhos” da prefeitura, como com fornecedores de merenda escolar, empresas de recolhimento e tratamento de lixo, transportes, consultorias, e também de engenharia, sangram os recursos públicos que poderiam e deveriam estar sendo utilizados na melhoria das condições de vida de nossa população, principalmente das periferias de nossa cidade.
Atenciosamente, Edilson Silva.