A Prefeitura do Recife realmente não dá sorte com o parque Dona Lindu, que pretende construir em Boa Viagem.

Depois de enfrentar uma guerra de liminares na justiça, que prejudicou o cronograma do projeto, agora a PCR vê as obras serem suspensas por conta da alimentação fornecida aos operários e de problemas com a segurança do trabalho.

Na manhã desta quarta (9), em reunião no local com representantes das seis empreiteiras responsáveis pela construção e integrantes do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores da Construção Civil, um auditor da Superientendência Regional do Trabalho - órgão ligado ao Ministério do Trabalho - definiu o embargo. “Hoje os trabalhadores vão para casa e a empresa tem de pagar o dia parado deles porque nós não podemos arriscar a vida das pessoas dessa maneira”, disse Ducilene Morais, presidente do sindicato,em entrevista a Flávia Barros, da Rádio JC/ CBN. “Não pode colocar o pessoal para comer uma comida que não tem nenhum laudo técnico sobre o que provocou essa infecção intestinal”.

Segundo ela, pela conta do sindicato, 80 trabalhadores adoeceram após ingerir refeições estragadas nessa terça (8) .

Na avaliação das empreiteiras, foram no máximo 20.

Ducilene Morais explicou ainda que o sindicato e o fiscal do Ministério do Trabalho aproveitaram a visita para fazer um levantamento geral em relação à segurança dos trabalhadores.

Ela apontou, por exemplo, que apesar de haver cerca de 300 pessoas trabalhando no local, não existe médico nem enfermeiro para prestar primeiros socorros.

As obras no Parque Dona Lindu só poderão ser retomadas quando as empreiteiras conseguirem da Vigilância Sanitária do Estado parecer autorizando a empresa forcedora de alimentos a continuar entregando as refeições.

Também é preciso sanar as irregularidades relativas à segurança. “Tem coisa errada aqui.

E essa coisa errada é que a gente vai ter de solucionar”, concluiu Dicilene Morais.

Atualizada às 12h25