A alta da inflação, principal destaque econômico do primeiro semestre, e a política monetária restritiva adotada para conter a escalada dos preços fizeram a Confederação Nacional da Indústria (CNI) projetar um arrefecimento da demanda interna no segundo semestre.
Por isso, a instituição modificou, para baixo, a projeção de crescimento do PIB: dos 5% previstos na edição de março do Informe Conjuntural, a CNI baixou para 4,7% no presente documento.
A estimativa só não foi mais baixa “devido às forças inerciais do crescimento”.
Mas a instituição acredita que os efeitos dessa inflexão no crescimento econômico serão mais sentidas em 2009.
Embora as principais fontes primárias da inflação sejam de origem externa – com a permanência de altos preços das commodities –, a combinação da forte pressão da inflação dos alimentos com a expansão do crédito e da renda gera as condições para um movimento doméstico de contaminação mais ampla dos preços.
A taxa de inflação acumulada em 12 meses (IPCA) atingiu em maio 5,6%, aumentando pelo sétimo mês consecutivo.
As previsões para a inflação de 2008 se elevaram consideravelmente e a CNI antecipa a possibilidade da inflação anual atingir 6,4% em dezembro – praticamente no limite superior da meta de inflação.
A projeção anterior era de 4,7%.