Por Sheila Borges, de Política A campanha majoritária para a Prefeitura do Recife custará aproximadamente R$ 13,8 milhões.
Esta é a soma das previsões de gastos declaradas pelos sete candidatos a prefeito do município: Carlos Eduardo Cadoca (PSC), Edilson Silva (PSOL), João da Costa (PT), Kátia Telles (PSTU), Mendonça Filho (DEM), Raul Henry (PMDB) e Roberto Numeriano (PCB) - veja quadro.
O orçamento mais caro foi colocado pelo candidato majoritário da coligação PMDB/PSDB, Raul Henry.
O peemedebista registrou na Justiça Eleitoral que poderá gastar até R$ 3,8 milhões ao longo dos três meses da corrida pelo voto do eleitor.
Em contrapartida, a campanha mais barata será a de Roberto Numeriano, que até o dia da eleição pretende desembolsar R$ 150 mil.
O candidato a prefeito pela coligação PSC/PP/PTC/PPS/PV terá a segunda campanha mais cara.
Carlos Eduardo Cadoca (PSC) pretende gastar R$ 3,5 milhões mesmo sem contar com o respaldo de um grande partido.
Com o apoio de um palanque sustentado por 16 legendas, o ex-secretário de Planejamento Participativo do Recife e candidato governista, João da Costa, fez uma previsão orçamentária inferior à de Cadoca.
O petista, que também tem como cabo eleitoral o governador Eduardo Campos (PSB), estima gastar R$ 3 milhões.
Quantia igual foi indicada por Mendonça Filho (DEM), que tem o respaldo apenas do seu partido.
Assim como o PCB, o PSTU e o PSOL também pretendem fazer uma campanha modesta, se compararmos os seus orçamentos aos milhões declarados por Raul, Cadoca, João da Costa e Mendonça.
Os candidatos destes pequenos partidos colocaram uma estimativa de gasto, cada um, de R$ 200 mil. É com base nestas previsões que os prefeituráveis irão fazer as suas prestações de contas à Justiça.
No dia 6 de setembro, os candidatos terão que apresentar a primeira parcial, colocando na internet o dinheiro arrecadado e o gastos realizados até esta data.
Após a eleição, a contabilidade será fechada e os documentos repassados para o juiz da 150ª Zona Eleitoral do Recife, Marcelo Russel Wanderley, que analisará toda a matemática.
Os eleitos só serão diplomados depois que as prestações forem julgadas e aprovadas.
PATRIMÔNIO Dos sete candidatos a prefeito do Recife, o ex-governador Mendonça Filho tem o maior patrimônio acumulado ao longo dos anos, avaliado em aproximadamente R$ 1,2 milhão (veja quadro).
Em seguida, vem o postulante do PMDB, Raul Henry.
Os bens declarados pelo peemedebista chegam a R$ 697,1 mil.
Cadoca ficou em terceiro com um patrimônio de quase R$ 555 mil.
João da Costa declarou um apartamento, uma casa, um automóvel e uma conta corrente, que juntos somam R$ 228,5 mil.
O comunista Roberto Numeriano tem como patrimônio material um terreno na praia de Enseada dos Corais, que custa R$ 3,3 mil.
Os outros dois prefeituráveis – Kátia Telles e Edilson Silva – revelaram não ter bens registrados em seus nomes.
Entre os candidatos a vice-prefeito, o que tem o maior patrimônio é Bruno Rodrigues, que integra a chapa de Raul.
Seus bens estão avaliados em aproximadamente R$ 1,4 milhão, valor superior ao declarado por Mendonça Filho.