A franco-colombiana Ingrid Betancourt chegou a poucos minutos a uma base militar em Bogotá, depois de ter passado seis anos em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Ao contrário do vídeo divulgado em novembro passado pelo grupo guerrilheiro, em que ela aparece abatida, no meio da selva, a ex-candidata a presidente do País chegou sorridente e com aparência bem melhor do que se poderia esperar.
Falando em espanhol e em francês, ela fez um pronunciamento, na própria base, agradecendo à família, ao Exército, aos meios de comunicação, ao presidente colombiano Álvaro Uribe e a todas as pessoas que acompanharam o desenrolar do seqüestro. “Agradeço a todos vocês que no mundo inteiro fizeram com que continuássemos vivos”, disse.
Sobre os meios de comunicação, ela contou que foram importantes porque permitiam que ela ouvisse sua mãe seus filhos. “Pudemos sonhar, manter a esperança”.
Ela também contou detalhes da operação militar que a libertou junto com outros reféns.
Os soldados chegaram disfarçados em helicópteros como se pertencessem às Farc e fossem levar os reféns para um outro cativeiro.
Os guerrilheiros que vigiavam os reféns os teriam entregado sem suspeitar do que se tratava.
Ingrid disse esperar que os vigias não sejam submetidos à Justiça das Farc porque, na sua opinião, não tiveram culpa de nada. “A operação (Xeque-Mate) foi perfeita”, afirmou, agradecendo aos militares.
A ex-senadora pediu ainda aos colombianos que confiem no Exército do País.
No momento, ela concede uma entrevista coletiva.