Os líderes que participam da 35ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do Mercosul definiram nesta terça-feira (1) uma declaração conjunta de repúdio à nova lei de imigração da União Européia (UE), considerada xenófoba pelos integrantes do bloco sul-americano.
No documento, Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru rechaçam a criminalização do imigrante ilegal e reafirmam o compromisso de respeitar os direitos humanos.
A iniciativa também pretende demonstrar “unidade” do Mercosul, num momento em que a região mostra-se dividida em relação à Rodada de Doha e a liberalização do comércio mundial.
As novas regras européias para a imigração foram aprovadas no dia 18 de junho e geraram protestos em toda a América do Sul.
Elas estabelecem, entre outras coisas, detenção de até 18 meses antes da deportação para estrangeiros em condição irregular, inclusive para menores de idade e a reentrada na comunidade por cinco.
Em discurso, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, endossou a posição do bloco de defender o princípio de co-responsabilidade entre os países de origem, trânsito e destino dos fluxos migratórios e mostrou-se preocupado com “o vento frio da xenofobia que sopra mais uma vez falsas respostas aos desafios da economia e da sociedade”.
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