O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou nesta terça-feira (1º) que o preço da cesta básica subiu em 14 das 16 capitais pesquisadas.

Os maiores aumentos foram registrados em Goiânia (10,64%), Brasília (6,43%), Rio de Janeiro (5,93%) e Salvador (5,38%).

As únicas quedas foram registradas em Vitória (-1,13%) e Fortaleza (-0,35%).

Porto Alegre continua a ter a cesta básica mais cara do país (R$ 246,72) - no mês passado, os preços dos alimentos que compõem a cesta subiram 4,29% na capital gaúcha.

Os menores preços dos alimentos foram percebidos em Aracaju (R$ 191,75) e Salvador (R$ 185,53).

No acumulado do primeiro semestre, os maiores aumentos nos preços dos alimentos da cesta básica foram no Recife (29,24%), em Natal (25,91%) e João Pessoa (25,37%).

Belém, Aracaju e Goiânia tiveram as menores altas, com variações positivas entre 10% e 12%.

Em 12 meses, Porto Alegre e São Paulo - que têm as cestas básicas mais caras do país - tiveram as menores variações de preços (27,24% na capital gaúcha e 30,8% na capital paulista).

Em Natal, onde houve o maior aumento entre julho de 2007 e junho de 2008, a alta dos alimentos chegou a quase 52% no período.

MÍNIMO IDEAL Considerado o preço da cesta básica, o Dieese calcula o “salário mínimo ideal” - que, segundo a legislação, deveria cobrir todas as despesas de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, higiene, vestuário, transporte, lazer e previdência.

O mínimo hoje é de R$ 415.

Mas, para atender minimamente uma família de quatro pessoas, o valor deveria ser de R$ 2.072,70, segundo o Dieese.

Ou seja: o salário mínimo deveria ser cinco vezes maior.

No mês passado, o mínimo necessário era de R$ 1.918,12, o que representava 4,62 o piso salarial de R$ 415.

Do G1