Representantes das entidades médicas do Estado dão entrevista coletiva às 10h30 na manhã desta quarta (2) para detalhar o caos que reina nas unidades de saúde pública de Pernambuco.
Conselho Regional de Medicina (Cremepe), Sindicato dos Médicos (Simepe) e Associação Médica (AMP) querem que o governo do Estado cumpra o acordo firmado com a classe há um ano, quando havia a ameação de médicos se demitirem em massa das emergências. “Caos temos todos os dias.
Estamos em calamidade pública.
Um verdadeiro genocídio”, denunciou nessa terça (1) o médico José Tenório, chefe da evolução da emergência do Hospital Otávio de Freitas, referindo-se às seqüelas e mortes de pacientes por falta de assistência.
O problema que vinha crescendo desde o início da semana com limitação de atendimento nas emergências agravou-se nessa terça, alcançando também as maternidades de alto risco da Região Metropolitana. “Não temos mais onde colocar os bebês.
Um dos dois berços do bloco cirúrgico teve que ser usado na UTI, onde estamos com o dobro da capacidade”, relatou a pediatra neonatologista Talma Moura, do Hospital Agamenon Magalhães, na Zona Norte do Recife. É neste contexto que o vice-governador João Lyra Neto vai enfrentar seu primeiro teste de fogo como secretário da Saúde.
Ele passou a acumular o posto desde que o governador Eduardo Campos decidiu dispensar Jorge Gomes (PSB), que teve uma gestão marcada por críticas e cuja “saída honrosa” foi ocupar a vaga de vice na chapa de José Queiroz à Prefeitura de Caruaru.
Chegou a hora de ver na saúde resultados do propalado “choque de gestão”.
O estado do “paciente” é gravíssimo.
E todos esperam que o Dr.Lyra saiba o que está fazendo.
Com Cidades, do JC.