Por Isaltino Nascimento* Você sabe o nome de todos os deputados estaduais da Assembléia Legislativa de Pernambuco?

Identifica qual deles é o representante mais ligado à sua cidade ou às causas que você defende?

Já visitou a Casa Joaquim Nabuco para assistir a alguma sessão plenária, solene, grande expediente especial ou já teve a oportunidade de se informar sobre o trabalho das comissões existentes?

Acompanha ou fiscaliza o trabalho do parlamentar no qual votou?

Se você teve dificuldades de responder a alguma das questões acima, talvez não tenha a dimensão da importância do papel do Poder Legislativo.

Muitos são os críticos do Parlamento, mas poucos conhecem as suas atribuições, acompanham as atividades que são desenvolvidas ao longo de cada exercício ou se preocupam em fiscalizar efetivamente o trabalho dos deputados.

Os 49 parlamentares que integram o corpo da Assembléia Legislativa de Pernambuco são a síntese da sociedade pernambucana.

Conquistaram seus assentos pelo voto direto da maioria do eleitorado.

Assim, representam a amplitude e a diversidade dos variados segmentos, sendo verdadeiros espelhos de seus anseios.

E no contexto da divisão de Poderes estabelecida pelo constitucionalismo moderno, os parlamentares têm, entre outras funções, a missão de elaborar as leis e de fiscalizar os atos dos demais poderes instituídos.

Atribuições extremamente importantes para serem ignoradas.

Sou um defensor do Parlamento, mas também um político que cobra dos eleitores a sua fiscalização.

Esta é a melhor forma de embasamento para exercer o direito de cobrar do Poder Legislativo uma atuação séria e pautada no interesse da maioria.

Desta forma, o papel do eleitor fiscal é muito mais importante do se possa imaginar.

Afinal, como todas as categorias, faixas e estratos sociais, os representantes eleitos para o Parlamento possuem virtudes, defeitos, diferentes maneiras de pensar e projetos diversos.

A participação da sociedade é vital neste espaço de debate, onde todos defendem ardorosamente suas propostas e idéias.

Ajuda a aprofundar a discussão das questões de interesse público, amplia o espaço de acordos, consensos e de negociações legítimas em torno de um futuro melhor.

Por isso, repudio a crítica pela crítica e mantenho a postura de cobrar dos cidadãos que estejam atentos ao nosso trabalho no Parlamento.

Quem tem o hábito de exercer o seu papel de eleitor tem a exata dimensão disso, pois sabe que a fonte do poder legítimo está nas mãos de cada um, já que em cada eleição os cidadãos são soberanos em sua decisão a respeito da permanência ou não dos representantes nos cargos que estão ocupando. *Isaltino Nascimento (www.isaltinopt.com.br), deputado estadual pelo PT e líder do governo na Assembléia Legislativa, escreve para o Blog às terças.